dá com tudo .
Deixa-me ser tudo o que ainda não aconteceu. Fazer tudo o que ainda não foi feito. Não estar presa a sentimentos, apenas viver o momento. Sorrir, rir e dar as mais puras gargalhadas, porque, no fundo, tudo é vitória. Ser na derrota, o troféu que se ergue. Ver no desconhecido, o medo desvanecido. Caminhar pelos trilhos inseguros, com a segurança de quem aprendeu a apertar os atacadores hoje. Não ficar acorrentado à monotonia dos dias que passam, voar nas asas da mudança. Enfrentar a liberdade, como se fosse o Amor, de sempre. Aquele que não escapa por mais que lá fora o dia seja de tempestade. Ser, no lar, doce, lar, o aconchego do batom vermelho que não desaparece, os espelhos embaciados pela temperatura da serenidade com que se veste uma camisa branca. Porque dá com tudo, diz-se por aí. Também a vida dá com tudo. Combina na perfeição com esse sorriso. Esse, mesmo. Um movimento de lábios que muda o mundo para o avesso. O lado certo. Faz-nos abrir a porta e sair. Para o lado de lá. Onde tudo acontece.